ITC Vertebral

Blog ITC

Cauda equina: O que é?

A cauda equina é uma estrutura existente na base da coluna, em que há um conjunto de raízes nervosas da região lombar e sacral, imerso em líquido cefalorraquidiano. De fato, essa estrutura representa a ligação entre o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico. 

Com isso, a cauda equina representa a inervação dos membros inferiores e estruturas da pelve. Ela recebe esse nome porque lembra o rabo de um cavalo. 

Mas, em algumas situações, temos a chamada síndrome da cauda equina, que causa dor e incômodo  na região lombar. 

A síndrome da cauda equina representa a compressão das estruturas dessa região (lombar, sacral e coccígea). Vamos falar mais sobre a síndrome da cauda equina.

Confira! 

Sintomas 

esquema de desenho mostrando cauda equina

A Síndrome da cauda equina apresenta várias sintomas.

Quando há compressão da cauda equina, os seguintes sintomas podem surgir: 

  • Lombalgia (dor na região lombar) intensa; 
  • Dor ciática; 
  • Fraqueza nos membros inferiores; 
  • Disfunção erétil nos homens; 
  • Ausência de reflexo no tendão de Aquiles; 
  • Perda do controle da bexiga; 
  • Perda do controle do intestino. 

Causas da síndrome da cauda equina

homem de costas com desenho mostrando a coluna com a cauda equina

A síndrome da cauda equina pode ter várias causas.

A síndrome da cauda equina afeta mais adultos, mas também pode estar presentes em crianças.

As principais causas são: 

  • Defeitos congênitos; 
  • Hérnia de disco na região lombar; 
  • Traumas; 
  • Estreitamento do canal espinhal; 
  • Tumores na região; 
  • Infecções; 
  • Após anestesia espinhal; 
  • Após manipulação cirúrgica da região. 

Diagnóstico

Para o diagnóstico da síndrome da cauda equina, exames clínicos, exame de imagem, tais como ressonância magnética, são essenciais para o diagnóstico da compressão na região da cauda equina. 

De fato, o diagnóstico deve ser feito o quanto antes. Quanto maior a demora para diagnóstico dos casos graves, maior o risco de danos neurológicos ao paciente. 

Outros exames também podem ser solicitados, sobretudo quando se desconfia de infecções, como o exame de líquor (líquido cefalorraquidiano) e eletroneuromiografia. 

Além disso, o tratamento deve ser instituído o quanto antes. 

Tratamento

homem sentado na cama com as mãos sobre o rosto e cadeira de rodas ao lado

O tratamento para a Síndrome da Cauda Equina deve ser iniciado o quanto antes.

A princípio nos casos mais graves,com comprometimentos bilaterais dos membros inferiores, incontinência urinária e fecal, a cirurgia é um dos procedimentos de escolha para descompressão da cauda equina.

A síndrome da cauda equina é considerada uma emergência ortopédica. É importante que haja intervenção ocorra em até 48 horas. 

O procedimento cirúrgico é essencial para remoção da causa da compressão: tumores, hérnia de disco ou crescimento dos ossos de maneira irregular. 

Após a cirurgia para descompressão, a fisioterapia é indicada para reabilitação do paciente. 

É importante citar que a reabilitação completa do paciente depende muito da demora do diagnóstico e dos danos neurológicos sofridos. 

A importância da fisioterapia para o tratamento da síndrome da cauda equina

esquema mostrando corpo feminino com cauda equina

A fisioterapia é essencial par ao tratamento da cauda equina.

 

A fisioterapia é essencial para a recuperação de pacientes que apresentaram a síndrome da cauda equina. Portanto, sessões de fisioterapia são sempre recomendadas para o paciente que se submeteu ou não ao procedimento de descompressão da cauda equina. 

No hospital após a cirurgia 

A começar, após a cirurgia, a fisioterapia já começa atuando no próprio hospital, fazendo com que o paciente não fique somente deitado, sem movimentação. 

Além disso, a fisioterapia respiratória atua no próprio âmbito hospitalar, prevenindo pneumonia. Outras ações da fisioterapia, ainda no hospital, tem como intuito evitar problemas de imobilização, como a trombose venosa profunda, por exemplo.  

De fato, a mobilização precoce do paciente auxilia a evitar a formação de trombos. Meias de compressão também são recomendadas ao paciente após a cirurgia. 

Após alta hospitalar 

Após o paciente ter tido alta hospitalar, a fisioterapia também continua, para que o paciente tenha recuperação de maneira ideal. 

Assim, exercícios de mobilidade são instituídos e realinhamento postural nos casos de atitude antálgica. 

E por último, exercícios de mobilidade e fortalecimento muscular também são planejados para o paciente, em cada fase do tratamento reabilitador. 

Dessa forma, o paciente não perde amplitude de movimento. 

Portanto, o prognóstico do tratamento depende muito das causas da compressão, da rapidez do diagnóstico, bem como do sucesso da descompressão e da aderência do paciente ao tratamento fisioterapêutico.