Cirurgia de Escoliose É Perigosa?
A escoliose é uma patologia que afeta a coluna vertebral e muitos podem ficar em dúvida se a cirurgia de escoliose é perigosa. Afinal, todo procedimento cirúrgico pode apresentar riscos. E será que o custo-benefício de cirurgia de escoliose faz com que a cirurgia mereça sempre a indicação?
É sobre esses temas que conversaremos, confira!
O que é escoliose?
Quando a coluna vertebral apresenta desvio de curvatura de forma tridimensional, temos a situação clínica denominada escoliose. Ela pode estar presente desde o nascimento, devido a algumas condições ou deformidades, ou então ter um pico de desenvolvimento durante a adolescência.
De fato, a escoliose afeta cerca de 3% da população brasileira. Muitas pessoas possuem escoliose e não possuem sintomas dolorosos.
Causas da escoliose
Embora muitas pessoas acreditem que a escoliose é consequência da má postura, ela não é.
Quando os casos são desde a infância, podem causar deformidades, sendo causada por má divisão das vértebras. É a chamada escoliose congênita.
Já outras patologias, como paralisias e problemas neuromusculares, podem dar origem à escoliose, recebendo o nome de escoliose neuromuscular.
Porém, o tipo de escoliose mais comum é a idiopática, em que não se sabe, ao certo, porque a escoliose surge.
Por último, a escoliose também pode afetar a população mais idosa, por doenças degenerativas e desgaste dos discos intervertebrais, por exemplo.
Diagnóstico
No caso de escoliose em crianças, o diagnóstico é feito em tenra idade. De fato, o diagnóstico da escoliose deve ser feito por um especialista.
Alguns casos de escoliose, por exemplo, podem necessitar de avaliação e exames específicos para seu diagnóstico. Mas exames de imagem simples, como radiografias, podem ser bastante úteis.
O Teste de Adams é um teste comumente utilizado, em que o paciente deve se inclinar frontalmente, para verificação de curvaturas anormais da coluna.
É importante que o grau de curvatura da escoliose seja medida, esse grau de curvatura é essencial para determinação do plano de tratamento.
Sintomas de escoliose
Uma grande parcela dos indivíduos com escoliose vivem sem problemas com a patologia, sem dores.
Porém, nos casos mais agressivos, o paciente pode sofrer com dores constantes. Além disso, outras questões podem estar envolvidas nos casos graves, como problemas respiratórios.
Quando a cirurgia de escoliose é necessária?
Conforme já dissemos, a medição do grau de curvatura da escoliose é essencial para determinação do plano de tratamento e da real necessidade de um procedimento cirúrgico.
Quando há presença de curvatura acima de 50 graus, a cirurgia de escoliose é indicada, para que não haja progressão da doença, piorando o quadro.
Nesses casos mais extremos, com curvatura maior de 50 graus, a cirurgia é importante para evitar que os órgãos internos sejam afetados pela curva extremamente acentuada da coluna vertebral para um dos lados.
Já em pacientes com curvaturas entre 40 e 50, é necessária uma avaliação criteriosa, pois, nesses casos, a cirurgia pode tanto ser indicada como não ser.
Para esses pacientes, é necessário que o especialista avalie o grau de mobilidade do paciente, seu estado geral de saúde e o quanto sua vida pode melhorar com a cirurgia de escoliose.
Cirurgia de escoliose
A cirurgia de escoliose é feita utilizando a fusão de vértebras em um único bloco, procedimento denominado artrodese.
Para essa fusão, são utilizados pinos e estruturas metálicas, bem como enxertos ósseos, para manter as vértebras posicionadas, até sua consolidação.
Geralmente, o paciente recebe anestesia geral para essa cirurgia e tem alta poucos dias depois do hospital, mas a alta só acontece quando o paciente consegue caminhar. No próprio hospital, o paciente já inicia os procedimentos de fisioterapia. É uma longa recuperação.
Durante os primeiros dias, o paciente recorrerá a medicações, como analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos.
Após a alta, a fisioterapia se torna forte aliada para recuperação do paciente que foi submetido à cirurgia de escoliose.
No caso de crianças, elas ficarão afastadas da escola por pelo menos 4 semanas. Atividades físicas demoram mais tempo para serem reincorporadas ao dia a dia do paciente.
De fato, as atividades físicas voltam em até um ano, enquanto acontece a consolidação da artrodese.
Quais são os riscos da cirurgia de escoliose?
Sempre que um paciente se submete a uma cirurgia, há riscos envolvidos. No caso específico da cirurgia de escoliose, há necessidade de anestesia geral.
Complicações pós-cirúrgicas podem acontecer, embora sejam raras. Atualmente, a técnica de artrodese é bastante consolidada e os materiais utilizados de alta tecnologia, além de serem biocompatíveis.
Isso significa que o organismo não apresenta uma reação de rejeição aos pinos, parafusos ou hastes utilizadas durante a cirurgia.
Mas, a recuperação mais rápida ou mais longa depende de cada organismo.
Daí a importância da avaliação do especialista, sobretudo, quando o grau de inclinação fica entre 30 e 40 graus.
Além disso, a experiência cirúrgica do médico que realizará a cirurgia é muito importante. Se foi indicada uma cirurgia de escoliose a você ou a alguém que você conhece, analise tantos os prós quanto os contras.
Analise também a experiência cirúrgica do médico que realizará a cirurgia.
Cirurgia de escoliose: fazer ou não fazer?
Conforme explicamos, isso depende muito do grau de curvatura. Se for 50 ou acima, a cirurgia é mandatória, até para proteção dos órgãos internos, à medida que a criança cresce.
Porém, em curvaturas entre 30 e 40, vários aspectos devem ser analisados, incluindo a saúde geral do paciente e os possíveis benefícios da cirurgia.
Por último, converse com seu especialista e peça uma segunda opinião, se necessário, e tenha esclarecido os prós e contras de cirurgia de escoliose, quando feitas para curvaturas não tão acentuadas.
E lembre-se de que a fisioterapia pode ser uma aliada para convívio com curvaturas menos severas e com a reeducação postural, minimizando as dores.
Tratamento conservador do ITC Vertebral
O ITC Vertebral é uma clínica especializada em dores e lesões em toda a coluna vertebral. Oferecemos um programa de fisioterapia completo, onde o objetivo é aliviar a dor, melhorar a mobilidade e restaurar o funcionamento normal das articulações.
O ITC Vertebral oferece um ambiente seguro e acolhedor, onde os pacientes se sentem à vontade para tratar qualquer problema na coluna. A partir do diagnóstico feito, o primeiro passo para o tratamento é sempre o conservador, ou seja, tratamos sem cirurgia.
A cirurgia é feita somente na minoria dos casos, e apenas se o tratamento conservador não apresentar resultados.
O ITC Vertebral utiliza abordagens que respeitam os sinais e sintomas do paciente para seguir com os critérios de tratamento.
O tratamento a longo prazo pode envolver:
- Osteopatia – técnica de tratamento fisioterapêutico que se baseia no diagnóstico diferencial e tem como ênfase principal a integridade estrutural e funcional do corpo.
- Fisioterapia manual – O objetivo das técnicas manuais é devolver a funcionalidade e a biomecânica das estruturas sem causar danos ao paciente, restaurando o movimento máximo e indolor do sistema musculoesquelético no equilíbrio postural.
- McKenzie: Técnica que encontra a preferência de movimento do paciente. Ela analisa o quadro e ajuda a reconhecer os exercícios específicos que mais ajudam no alívio das dores. Isso acontece com a participação ativa do paciente, que aprende comportamentos para o dia a dia.
- Mesa de Tração – quando indicada, possibilita uma descompressão com cargas controladas.
- Mesa de Flexo-Descompressão – possibilita que o fisioterapeuta tenha total controle sobre a mobilidade da coluna vertebral do paciente, permitindo os movimentos de flexão, extensão, lateralização e rotação.
- Técnicas de fortalecimento muscular: Elaboramos um programa de fortalecimento muscular específico para cada tipo de sintoma e diagnóstico.
Nós oferecemos a você uma recuperação completa e segura, com tecnologia avançada para você alcançar mais qualidade de vida.