A discectomia lombar é um procedimento cirúrgico realizado para tratar problemas relacionados aos discos intervertebrais na região lombar da coluna vertebral.
É importante ressaltar que a discectomia lombar é uma intervenção cirúrgica e deve ser considerada apenas se outras opções de tratamento conservador não alcançarem o resultado esperado.
É importante buscar ajuda especializada para qualquer problema na coluna vertebral, o especialista avaliará o caso e seguirá com a melhor abordagem de tratamento para cada caso.
A decisão de realizar a cirurgia deve ser tomada em conjunto com um profissional de saúde especializado.
Antes de falar mais sobre a discectomia lombar, vamos entender melhor sobre os discos intervertebrais?
Vamos lá!
Os discos intervertebrais
Os discos intervertebrais são estruturas encontradas entre as vértebras da coluna vertebral. Eles são responsáveis por fornecer suporte, estabilidade e flexibilidade à coluna, além de funcionarem como amortecedores entre as vértebras, permitindo o movimento e a absorção de impactos.
Os discos intervertebrais têm uma estrutura complexa.
Cada disco é composto por duas partes principais:
Núcleo pulposo:
É a parte central e macia do disco. Ele tem uma consistência gelatinosa e é composto principalmente de água e proteoglicanos, uma substância que atrai água para manter a hidratação do disco. O núcleo pulposo é responsável pela capacidade de absorção de choques do disco.
Anel fibroso:
É a camada externa do disco e tem uma estrutura mais fibrosa e resistente. O anel fibroso consiste em uma série de anéis concêntricos de tecido fibroso, chamados lâminas. Essas lâminas são compostas principalmente de colágeno e fornecem resistência e estabilidade ao disco.
Os discos intervertebrais desempenham um papel fundamental na coluna vertebral. Eles ajudam a distribuir as cargas e o estresse que ocorrem durante atividades diárias, como caminhar, correr e levantar objetos. Além disso, eles permitem que a coluna se mova em várias direções, como flexão, extensão, rotação e inclinação lateral.
A estrutura e a função dos discos intervertebrais são essenciais para a saúde da coluna vertebral. No entanto, ao longo do tempo, devido ao envelhecimento, uso excessivo, lesões ou outros fatores, os discos podem se desgastar, perder altura e elasticidade, levando a problemas como hérnia de disco ou degeneração discal, por exemplo.
Portanto, é importante cuidar da saúde dos discos intervertebrais, mantendo uma postura adequada, praticando exercícios que fortaleçam os músculos das costas e evitando atividades que coloquem muita pressão sobre a coluna.
Se ocorrerem problemas nos discos intervertebrais, o tratamento pode variar desde medidas conservadoras, como fisioterapia, até a cirurgia, como a discectomia lombar, para aliviar a pressão nos nervos e reduzir a dor e os sintomas associados.
Como é feita a discectomia lombar?
A discectomia lombar é tipicamente realizada para tratar a hérnia de disco, uma condição em que o núcleo macio do disco se projeta através de uma ruptura na camada externa e pode pressionar os nervos adjacentes. Isso pode levar a sintomas como dor lombar, dor irradiada para as pernas, fraqueza muscular e formigamento.
Durante a discectomia lombar, o cirurgião remove parte ou a totalidade do disco herniado, aliviando a pressão sobre os nervos.
O procedimento geralmente é realizado por meio de uma incisão na parte de trás da coluna, e o cirurgião usa instrumentos delicados para acessar a área afetada.
Dependendo da extensão da hérnia de disco, pode ser necessário remover apenas uma parte do disco ou, em casos mais graves, pode ser necessária a remoção do disco inteiro.
Após a discectomia lombar, pode ser recomendado um período de recuperação que envolve repouso, fisioterapia e exercícios para fortalecimento da região lombar.
A maioria dos pacientes experimenta alívio dos sintomas após a cirurgia e pode retomar suas atividades normais gradualmente.
Aqui está uma visão geral do processo envolvido na discectomia lombar:
Anestesia:
Antes do procedimento, você receberá anestesia geral ou anestesia local com sedação para garantir que você esteja confortável e não sinta dor durante a cirurgia.
Posicionamento:
Você será colocado em uma mesa cirúrgica de bruços ou de lado, dependendo das preferências do cirurgião.
Incisão:
O cirurgião fará uma incisão na região lombar sobre o disco intervertebral afetado. A incisão pode variar de tamanho, mas geralmente tem de 3 a 6 centímetros de comprimento.
Acesso ao disco:
O cirurgião utilizará instrumentos cirúrgicos delicados para afastar os músculos e os tecidos adjacentes e obter acesso ao disco afetado.
Remoção do disco:
Dependendo da extensão da lesão discal, o cirurgião pode remover apenas a parte herniada do disco ou, em casos mais graves, remover o disco inteiro. O objetivo é aliviar a pressão sobre os nervos espinhais e reduzir os sintomas associados.
Encerramento:
Após a remoção do disco, o cirurgião fecha a incisão com suturas ou grampos cirúrgicos.
Recuperação:
Você será transferido para a sala de recuperação, onde a equipe médica monitorará seus sinais vitais e garantirá que você esteja se recuperando adequadamente da anestesia.
Após a cirurgia, você será orientado sobre os cuidados pós-operatórios, incluindo repouso, atividades limitadas, uso de medicamentos para controle da dor e fisioterapia para auxiliar na recuperação e fortalecimento da região lombar.
É importante ressaltar que a discectomia lombar é uma cirurgia individualizada e os detalhes do procedimento podem variar dependendo do caso específico, das preferências do cirurgião e da técnica utilizada.
Existem riscos com a discectomia lombar?
Como qualquer procedimento cirúrgico, a discectomia lombar apresenta riscos e possíveis complicações.
É importante estar ciente desses riscos antes de decidir prosseguir com a cirurgia.
Alguns dos riscos associados à discectomia lombar incluem:
Infecção:
Existe o risco de infecção na área cirúrgica. Medidas de prevenção, como uso de antibióticos e técnicas assépticas durante a cirurgia, são tomadas para minimizar esse risco.
Sangramento:
Pode ocorrer sangramento durante a cirurgia. Embora o cirurgião tome medidas para controlar o sangramento, em casos raros, pode ser necessário realizar transfusões de sangue.
Lesão nervosa:
Embora a discectomia lombar seja realizada para aliviar a pressão sobre os nervos, há um pequeno risco de lesão nos nervos próximos à área cirúrgica. Isso pode resultar em sintomas como fraqueza, dormência ou formigamento na região lombar ou nas pernas.
Vazamento de líquido cefalorraquidiano:
Durante a cirurgia, pode ocorrer um vazamento de líquido cefalorraquidiano, que envolve o fluido que circunda o cérebro e a medula espinhal. Normalmente, o vazamento é reparado durante o procedimento, mas em alguns casos pode ser necessário um reparo adicional.
Formação de cicatriz:
Após a cirurgia, pode ocorrer a formação de tecido cicatricial ao redor da área operada. Em alguns casos, o tecido cicatricial pode comprimir os nervos e causar sintomas semelhantes aos anteriores à cirurgia.
Recorrência:
Em alguns casos, a hérnia de disco pode retornar após a discectomia lombar. Isso pode ocorrer se uma parte significativa do disco não for removida ou se outros discos adjacentes estiverem enfraquecidos.
Reações adversas à anestesia:
Em casos raros, podem ocorrer reações adversas à anestesia utilizada durante a cirurgia.
É importante discutir esses riscos e quaisquer preocupações específicas com o profissional antes da discectomia lombar. Cada caso é único, e o especialista poderá fornecer informações mais precisas sobre os riscos e as complicações potenciais com base na sua situação clínica.
Tratamento conservador do ITC Vertebral
Oferecemos um programa de fisioterapia completo para as mais diferentes patologias da coluna, onde o objetivo é aliviar a dor na coluna e outros sintomas, melhorar a mobilidade e restaurar o funcionamento normal das articulações para que você tenha mais qualidade de vida.
Os especialistas do ITC Vertebral utilizam abordagens que respeitam os sinais e sintomas do paciente para seguir com os critérios de tratamento.
O tratamento pode envolver:
Osteopatia
Técnica de tratamento fisioterapêutico que se baseia no diagnóstico diferencial e tem como ênfase principal a integridade estrutural e funcional do corpo.
Fisioterapia manual
O objetivo das técnicas manuais é devolver a funcionalidade e a biomecânica das estruturas sem causar danos ao paciente, restaurando o movimento máximo e indolor do sistema musculoesquelético no equilíbrio postural.
McKenzie
Técnica que encontra a preferência de movimento do paciente.
Ela analisa o quadro e ajuda a reconhecer os exercícios específicos que mais ajudam no alívio das dores.
Isso acontece com a participação ativa do paciente, que aprende comportamentos para o dia a dia.
Mesa de Tração
Quando indicada, possibilita uma descompressão com cargas controladas.
Mesa de Flexo-Descompressão
Possibilita que o fisioterapeuta tenha total controle sobre a mobilidade da coluna vertebral do paciente, permitindo os movimentos de flexão, extensão, lateralização e rotação.
Técnicas de fortalecimento muscular
Elaboramos um programa de fortalecimento muscular específico para cada tipo de sintoma e diagnóstico.