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Escápula alada: exercícios para fazer em casa

Exercícios específicos de fortalecimento e reabilitação podem ser benéficos para pessoas com escápula alada, ajudando a melhorar a estabilidade da escápula e corrigir os padrões de movimento.

A escápula, também conhecida como omoplata, é um osso plano e triangular localizado na parte superior das costas, na região posterior do tórax.

Ela é um componente fundamental da cintura escapular, que inclui a clavícula (osso da clavícula) e os músculos circundantes.

Saiba mais sobre as escápulas e descubra exercícios que você pode fazer em casa para discinesia escapular.

Acompanhe a seguir!

Bordas e Superfícies

Borda Superior: Também conhecida como a borda da escápula, essa borda é a mais próxima do pescoço e se articula com a clavícula.

Borda Medial: Também chamada de borda vertebral, é a borda que fica mais próxima da coluna vertebral.

Borda Lateral: É a borda mais afastada do centro do corpo.

Superfície Costal: A superfície anterior da escápula que se encontra próximo às costelas.

Superfície Dorsal: A superfície posterior da escápula que se encontra mais afastada das costelas.

Processos Ósseos

Processo Coracóide: Um processo ósseo curvo que se projeta anteriormente a partir da parte superior da escápula. Ele serve como ponto de fixação para músculos e ligamentos importantes para a movimentação do ombro.

Espinha da Escápula: Uma crista óssea proeminente que se estende ao longo da superfície dorsal da escápula. Ela divide a superfície dorsal em duas áreas: a fossa supraespinhal e a fossa infraespinhal.

Acrômio: Um processo largo e achatado que se projeta lateralmente da parte superior da escápula. Ele faz parte da articulação do ombro e se articula com a clavícula.

Fossas da Escápula

Fossa Supraespinhal: Uma depressão na superfície dorsal acima da espinha da escápula. Ela é um local de fixação para o músculo supraespinhal, que é parte do manguito rotador.

Fossa Infraespinhal: Uma depressão maior na superfície dorsal abaixo da espinha da escápula. Ela é um local de fixação para o músculo infraespinhal.

Outras Características

Cavidade Glenoide: Uma cavidade rasa localizada na parte lateral da escápula. Ela articula com a cabeça do úmero para formar a articulação do ombro (articulação glenoumeral).

Borda Vertebral: A borda medial da escápula, que fica mais próxima da coluna vertebral.

Ângulo Inferior: O ponto inferior da escápula onde as bordas lateral e vertebral se encontram.

A escápula é um osso complexo que desempenha um papel vital nos movimentos do ombro e na estabilização da articulação do ombro. Ela serve como ponto de fixação para vários músculos que controlam os movimentos do membro superior.

Escápula alada (discinesia escapular)

A escápula alada, também conhecida como discinesia escapular, surge devido a disfunções no sistema neuromuscular que controlam os movimentos da escápula (omoplata). Ela ocorre quando a escápula não se move adequadamente durante os movimentos do braço, resultando em uma protrusão anormal da escápula para fora da parede torácica.

Isso pode acontecer devido a várias causas, incluindo:

Lesões Nervosas: Danos ou lesões no nervo torácico longo, que inerva os músculos responsáveis pela estabilização da escápula, podem levar à escápula alada. Isso pode ocorrer devido a traumas, compressão nervosa ou lesões esportivas.

Desequilíbrios Musculares: Desenvolver músculos desequilibrados na região da escápula, especialmente os músculos do manguito rotador e os músculos que estabilizam a escápula, pode resultar em movimentos anormais da escápula durante os movimentos do braço.

Atividades Repetitivas: Participar de atividades que envolvem movimentos repetitivos dos braços e ombros, especialmente quando realizados com má postura, pode contribuir para a discinesia da escápula. Isso pode ser comum em atletas que realizam movimentos de arremesso repetidamente.

Condições Neuromusculares: Algumas condições neuromusculares, como a síndrome de Parsonage-Turner, distrofia muscular e certas doenças do sistema nervoso, podem afetar os músculos responsáveis pela estabilização da escápula e levar ao desenvolvimento da escápula alada.

A discinesia da escápula pode ser assintomática em alguns casos, mas também pode causar dor, fraqueza muscular, limitação de movimentos do braço e uma aparência anormal da escápula durante certos movimentos.

Sinais de escápula alada

A escápula alada pode apresentar vários sinais característicos. Esses sinais geralmente estão associados a anormalidades nos movimentos da escápula – e sua função muscular – e podem variar em intensidade dependendo da causa subjacente e da gravidade da condição.

Alguns dos sinais comuns da escápula alada, incluem:

Protrusão Visível: Durante certos movimentos do braço, a escápula pode se projetar para fora da parede torácica, criando uma aparência visível de “asa” nas costas.

Limitação de Movimentos: A escápula alada pode resultar em limitações nos movimentos normais do braço e do ombro. A amplitude de movimento pode ser reduzida, especialmente em movimentos que envolvem levantar o braço acima da cabeça ou estender o braço para fora.

Dificuldade em Levantar Objetos: A fraqueza e a instabilidade resultantes da escápula alada podem causar dificuldades em levantar objetos ou realizar atividades que exigem força nos membros superiores.

Dor no Ombro e Costas: Dor na região do ombro e nas costas é comum em pessoas com escápula alada. A dor pode ser causada por músculos desequilibrados e pela pressão exercida sobre os nervos.

Desconforto Postural: A posição anormal da escápula pode levar a desconforto postural, com os ombros inclinados para frente.

Sensação de Instabilidade: Algumas pessoas podem relatar uma sensação de instabilidade no ombro afetado devido à escápula alada.

Maior Fadiga Muscular: A tentativa de compensar a falta de estabilidade da escápula alada pode levar a um esforço excessivo dos músculos envolvidos, resultando em fadiga mais rápida.

Desigualdade nos Ombros: Os ombros podem parecer assimétricos, com um deles mostrando uma protrusão anormal da escápula.

É importante observar que a presença desses sinais não é definitiva para o diagnóstico da escápula alada, pois eles podem ser indicativos de outras condições também.

Se alguém suspeitar estar enfrentando essa condição com base em sinais e sintomas semelhantes, é aconselhável procurar um especialista para um diagnóstico adequado e orientação sobre o tratamento.

O diagnóstico da escápula alada geralmente envolve uma avaliação física, histórico e, possivelmente, exames de imagem.

Escápula alada: exercícios

Exercícios específicos de fortalecimento e reabilitação podem ser benéficos para pessoas com escápula alada, ajudando a melhorar a estabilidade da escápula e corrigir os padrões de movimento.

No entanto, é fundamental consultar um profissional antes de iniciar qualquer programa de exercícios, pois eles podem adaptar os exercícios às necessidades individuais e à gravidade da condição.

Aqui estão alguns exemplos de exercícios que podem ser incluídos em um programa de reabilitação para escápula alada:

Alongamento do Peitoral

Posição Inicial: Fique próximo a uma parede ou canto de uma sala.

Ação: Coloque o braço afetado na parede, no nível do ombro, com o cotovelo flexionado a cerca de 90 graus. Gire o corpo ligeiramente na direção oposta ao braço para sentir um alongamento suave no peitoral.

Mantenha por 20-30 segundos e repita algumas vezes.

Exercícios de Manguito Rotador

Posição Inicial: Deite-se de lado com o braço afetado para cima.

Ação: Realize exercícios de manguito rotador, como rotações externas, usando uma banda elástica leve para resistência. Mantenha o cotovelo dobrado em 90 graus e mantenha o braço junto ao corpo enquanto gira o antebraço para fora.

Realize 2-3 séries de 10-15 repetições.

Exercício de Retração Escapular

Posição Inicial: Fique em pé com os braços ao lado do corpo.

Ação: Mantendo os braços retos, retraia a escápula (puxe-a para trás) ativando os músculos do meio das costas. Mantenha por alguns segundos e relaxe.

Realize 2-3 séries de 10-15 repetições.

Flexões de Parede

Posição Inicial: Fique de pé em frente a uma parede, a uma distância confortável.

Ação: Coloque as mãos na parede à altura dos ombros. Realize flexões de parede, dobrando os cotovelos, enquanto mantém o corpo reto. Ao subir, empurre a parede para longe.

Realize 2-3 séries de 10-15 repetições.

Exercício de Levantamento Lateral

Posição Inicial: Segure um pequeno haltere ou garrafa de água em uma mão.

Ação: Mantendo o braço estendido, levante-o lateralmente até a altura do ombro. Concentre-se na estabilidade da escápula durante o movimento.

Realize 2-3 séries de 10-15 repetições em cada lado.

Exercício de ativação subescapular

Posição Inicial: Fique deitado com braços estendidos pra cima com um bastão ou peso leve.

Ação: Sem desencostar o tronco, leve apenas os braços para cima, como se quisesse tocar o teto.

Realize 2-3 séries de 10-15 repetições em cada lado.

Exercício de avião

Posição Inicial: Deite-se de barriga para baixo, inicialmente sem carga mas com o tempo pode evoluir para segurar um peso.

Ação: Eleve os braços e sustente a posição

Realize 2-3 séries de 15 a 30 segundos em cada lado

Prancha com Toque Escapular

Posição Inicial: Fique em posição de prancha alta com os cotovelos estendidos.

Ação: Toque alternadamente a escápula esquerda e direita com a mão oposta, mantendo o corpo estável e reto.

Realize 2-3 séries de 10-15 repetições em cada lado.

Lembrando sempre que a orientação de um profissional é indispensável para adaptar esses exercícios às necessidades individuais e garantir que eles sejam realizados corretamente. Além disso, a progressão gradual e a consistência são importantes para alcançar resultados positivos.

Tratamento conservador do ITC Vertebral

Oferecemos um programa de fisioterapia completo para as mais diferentes patologias da coluna, onde o objetivo é aliviar a dor, melhorar a mobilidade e restaurar o funcionamento normal das articulações para que você tenha mais qualidade de vida.

Os especialistas do ITC Vertebral utilizam abordagens que respeitam os sinais e sintomas do paciente para seguir com os critérios de tratamento mais adequado.

O tratamento pode envolver:

Osteopatia

Técnica de tratamento fisioterapêutico que se baseia no diagnóstico diferencial e tem como ênfase principal a integridade estrutural e funcional do corpo.

fisioterapeuta fazendo Osteopatia no paciente

Fisioterapia manual

O objetivo das técnicas manuais é devolver a funcionalidade e a biomecânica das estruturas sem causar danos ao paciente, restaurando o movimento máximo e indolor do sistema musculoesquelético no equilíbrio postural.

fisioterapeuta fazendo Fisioterapia manual no paciente

McKenzie

Técnica que encontra a preferência de movimento do paciente.

Ela analisa o quadro e ajuda a reconhecer os exercícios específicos que mais ajudam no alívio das dores.

Isso acontece com a participação ativa do paciente, que aprende comportamentos para o dia a dia.

fisioterapeuta fazendo técnica McKenzie em paciente

Mesa de Tração

Quando indicada, possibilita uma descompressão com cargas controladas.

fisioterapeuta e paciente usando a mesa de tração

Mesa de Flexo-Descompressão

Possibilita que o fisioterapeuta tenha total controle sobre a mobilidade da coluna vertebral do paciente, permitindo os movimentos de flexão, extensão, lateralização e rotação.

paciente usando Mesa de Flexo-Descompressão

Técnicas de fortalecimento muscular

Elaboramos um programa de fortalecimento muscular específico para cada tipo de sintoma e diagnóstico.

paciente fazendo Técnicas de fortalecimento muscular

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