Escoliose idiopática: O que é? Quais os tratamentos?
A escoliose idiopática é caracterizada por uma curvatura anormal, tridimensional da coluna e pode variar de suave a grave.
A detecção precoce da escoliose idiopática é a chave para o sucesso do tratamento.
Neste artigo, você vai entender as principais características da escoliose idiopática e o que fazer para tratar a condição em caso de diagnóstico.
Curvas naturais da coluna
A coluna é um dos componentes mais importantes do corpo humano, pois fornece uma forte estrutura de suporte para nossos movimentos e atividades. Ela consiste em um conjunto de vértebras que são conectadas entre si por ligamentos, músculos e tendões.
As curvas naturais da coluna são essenciais para a postura adequada e para ajudar a absorver os choques de cada atividade física que a pessoa realiza.
Há quatro curvas na coluna: as áreas cervical, torácico, lombar, sacrococcígea. Abordaremos as três primeiras.
A curva cervical forma uma suave forma de “C” na área do pescoço. Essa curva ajuda a reduzir o estresse sobre as vértebras e os ligamentos nessa região, permitindo o máximo de flexibilidade e movimento.
A curva torácica está localizada na área superior das costas (região torácica), formando uma curva mais pronunciada do que a curva cervical, mas essa curva é para dentro. Isso ajuda a apoiar a caixa torácica e proporciona estabilidade e força à coluna vertebral.
Por fim, a curva lombar está localizada na região lombar e se curvar para fora, assim como a cervical. Ele ajuda a suportar o peso da parte superior do corpo e proporciona estabilidade quando se está em pé ou sentado.
As curvaturas naturais da coluna são essenciais para a postura adequada, o equilíbrio e a flexibilidade. Sem elas, nosso corpo não seria capaz de se movimentar com facilidade e eficiência. Além disso, a manutenção dessas curvas é fundamental para manter a saúde da coluna.
Qualquer alteração que ocorra nessas curvas pode causar um grande impacto sobre a saúde e o bem-estar geral. Essas alterações podem ser originadas por idade, lesão ou condições crônicas, como a escoliose.
Tipos de escoliose na coluna vertebral
Há diferentes classificações de escoliose, como a que a diferencia em estrutural e em funcional:
– A escoliose estrutural é causada por uma diferença na forma ou no comprimento de um ou mais ossos da coluna vertebral. Esse tipo é geralmente progressivo e pode piorar com o tempo se não for tratado. E deve ser tratado com fisioterapia na maior parte dos casos.
– A escoliose funcional é causada por uma força externa – como uma discrepância no comprimento das pernas ou espasmos musculares – que faz com que a coluna vertebral se curve anormalmente. Normalmente, esse tipo não piora com o tempo e, muitas vezes, pode ser tratado com fisioterapia.
Há também a classificação quanto a causa:
– A escoliose idiopática é causada por um fator desconhecido. Ela é geralmente observada na adolescência e pode piorar com o tempo. É responsável por 80% dos casos de escoliose.
– A escoliose congênita é causada por uma malformação da coluna vertebral intrauterina. É um tipo raro, que representa cerca de 1% dos casos.
– A escoliose neuromuscular está relacionada com alterações neurológicas ou musculares afetando o equilíbrio da coluna vertebral.
– A escoliose degenerativa está relacionada com desgaste na coluna ao longo do envelhecimento, que pode alterar a curvatura da coluna.
Escoliose idiopática do adolescente
Trata-se de uma doença que afeta a coluna de adolescentes e jovens. Ela é caracterizada por uma curvatura anormal da coluna vertebral, que pode ser em forma de C ou S.
A causa exata da condição é desconhecida, mas os pesquisadores acreditam que ela seja causada pela genética ou por fatores ambientais.
A escoliose idiopática do adolescente pode causar dor, dificuldade para respirar e diminuição da mobilidade. Ela afeta a postura e geralmente é acompanhada de problemas psicológicos, como baixa autoestima ou depressão.
A gravidade da curvatura determina se o tratamento é necessário. Os casos leves podem exigir apenas monitoramento, enquanto os casos mais graves podem precisar de tratamento, especialmente com fisioterapia ou até mesmo cirurgia.
O diagnóstico e o tratamento precoces são importantes para evitar que a doença se agrave e cause complicações mais sérias.
É importante consultar um especialista o mais rápido possível se identificar sinais do problema na coluna. Ele poderá avaliar a gravidade da curvatura durante a consulta e fornecer o tratamento adequado.
Causas da escoliose idiopática
A escoliose idiopática é a forma mais comum de escoliose, que representa cerca de 80% de todos os casos.
Embora a causa exata da escoliose idiopática não seja conhecida, alguns fatores que podem contribuir para seu desenvolvimento incluem:
– Predisposição genética;
– Desequilíbrios nos hormônios ou neurotransmissores;
– Anomalias no desenvolvimento embrionário.
Além disso, pesquisas também sugerem que distúrbios neuromusculares, como paralisia cerebral e distrofia muscular, podem aumentar o risco de desenvolver escoliose.
Entenda:
Vários estudos mostraram que a história da família desempenha um papel importante na determinação de quem desenvolve essa condição, sugerindo que pode haver um fator genético associado.
No entanto, os genes exatos envolvidos na escoliose idiopática continuam desconhecidos.
Além disso, os desequilíbrios hormonais dentro do corpo podem ser um fator que contribui para o desenvolvimento dessa condição, já que estudos têm descoberto que níveis anormais de certos hormônios podem contribuir para um risco maior de desenvolvimento de escoliose.
Anormalidades no desenvolvimento embrionário também podem levar à formação de escoliose idiopática. Por exemplo, uma discrepância entre o crescimento de um lado da coluna vertebral e o outro pode causar curvatura da coluna vertebral.
Finalmente, indivíduos com doenças neuromusculares, como paralisia cerebral ou distrofia muscular, são mais propensos que outros a desenvolver esse tipo de escoliose.
Em conclusão:
A causa exata da escoliose idiopática ainda é desconhecida. Entretanto, pesquisas sugerem que vários fatores podem contribuir para seu desenvolvimento, incluindo predisposição genética, desequilíbrios nos hormônios ou neurotransmissores, anormalidades no desenvolvimento embrionário, e certas desordens neuromusculares.
Portanto, é importante estar ciente dessas possíveis causas, a fim de melhor compreender essa condição para o diagnóstico e as opções de tratamento.
Sintomas da escoliose idiopática
Os sintomas da escoliose idiopática incluem:
– Ombros desiguais;
– Uma escapula (omoplata) que pode ser mais alta que a outra;
– Cintura ou quadril desiguais;
– Um quadril mais alto que o outro.
Outros sintomas podem incluir uma costela, de um lado das costas, inclinada para um lado quando está de pé com peso igual em ambos os pés, e dificuldade para dobrar-se para um lado.
Em casos graves de escoliose idiopática, pode ocorrer falta de ar devido à compressão dos pulmões.
Existe tratamento para escoliose idiopática?
A escoliose idiopática é geralmente diagnosticada através de exame clínico físico e raio-X.
O tratamento pode envolver uma cinta ou colete para controlar a curvatura espinhal, fisioterapia para fortalecer os músculos e melhorar a postura, ou cirurgia em casos mais severos.
Os objetivos do tratamento são reduzir a dor e evitar maior progressão da curva.
Ao identificar sinais de escoliose, é importante buscar ajuda especializada para uma avaliação minuciosa. O diagnóstico precoce e o tratamento são essenciais para o controle da escoliose idiopática, com a administração dos sintomas que os pacientes apresentem.
Tratamento conservador do ITC Vertebral
O ITC Vertebral é uma clínica especializada em dores e lesões em toda a coluna vertebral. Oferecemos um programa de fisioterapia completo, onde o objetivo é aliviar a dor, melhorar a mobilidade e restaurar o funcionamento normal das articulações.
O ITC Vertebral oferece um ambiente seguro e acolhedor, onde os pacientes se sentem à vontade para tratar qualquer problema na coluna. A partir do diagnóstico feito, o primeiro passo para o tratamento é sempre o conservador, ou seja, tratamos sem cirurgia.
A cirurgia é feita somente na minoria dos casos, e apenas se o tratamento conservador não apresentar resultados.
O ITC Vertebral utiliza abordagens que respeitam os sinais e sintomas do paciente para seguir com os critérios de tratamento.
O tratamento pode envolver:
Osteopatia
técnica de tratamento fisioterapêutico que se baseia no diagnóstico diferencial e tem como ênfase principal a integridade estrutural e funcional do corpo.
Fisioterapia manual
O objetivo das técnicas manuais é devolver a funcionalidade e a biomecânica das estruturas sem causar danos ao paciente, restaurando o movimento máximo e indolor do sistema musculoesquelético no equilíbrio postural.
McKenzie
Técnica que encontra a preferência de movimento do paciente. Ela analisa o quadro e ajuda a reconhecer os exercícios específicos que mais ajudam no alívio das dores. Isso acontece com a participação ativa do paciente, que aprende comportamentos para o dia a dia.
Mesa de Tração
Quando indicada, possibilita uma descompressão com cargas controladas.
Mesa de Flexo
Descompressão – possibilita que o fisioterapeuta tenha total controle sobre a mobilidade da coluna vertebral do paciente, permitindo os movimentos de flexão, extensão, lateralização e rotação.
Técnicas de fortalecimento muscular
Elaboramos um programa de fortalecimento muscular específico para cada tipo de sintoma e diagnóstico.
Nós oferecemos a você uma recuperação completa e segura, com tecnologia avançada para você alcançar mais qualidade de vida.