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Retrolistese aposenta? Saiba tudo sobre isso!

Muitas pessoas têm dúvidas sobre se um problema na coluna pode levar à aposentadoria por invalidez. Nesse caso, ter retrolistese aposenta? 

Assim, vamos falar sobre o que é retrolistese, seus sintomas, diagnóstico e tratamento, bem como se esse quadro clínico aposenta por invalidez.

Confira! 

O que é retrolistese?

esquema mostranso desenho da coluna vertebral com retrolistese

Retrolistese é um deslizamento da vértebra na coluna vertebral para trás

Retrolistese é um quadro caracterizado pelo deslizamento da vértebra na coluna vertebral para trás. A palavra retrolistese quer dizer exatamente isso: retro (para trás), listese (deslizamento). 

Outro termo, mais comum para descrever o quadro, é espondilolistese, o qual significa o deslocamento de uma vértebra sobre a outra. 

De fato, o grau de retrolistese depende do quanto a vértebra já deslizou, podendo, inclusive, haver o deslizamento total da vértebra. 

Geralmente, isso ocorre devido a problemas no disco intervertebral, com o paciente podendo ser assintomático, nos casos mais leves ou ter dores consideráveis. Mais uma vez, tudo depende de quanto a vértebra afetada já deslizou. 

O quadro surge como uma tentativa de compensação de um desequilíbrio na coluna vertebral. Assim, a coluna vertebral, durante os anos da nossa vida, sustenta todo nosso corpo.

Com isso e com o envelhecimento, pode-se haver tendência da coluna vertebral apresentar desequilíbrios. Isso é bastante comum, sobretudo em regiões complexas da coluna, como a junção das vértebras com os discos intervertebrais. 

Assim, o local mais comum para desenvolvimento de retrolistese é a região de maior movimentação da coluna, a região lombar. Nela, geralmente as vértebras L4 e L5 são as mais afetadas. 

Causas 

As alterações no disco intervertebral são as principais razões para que ocorra a retrolistese. Dentre essas alterações no disco, o envelhecimento é um fator bastante comum. 

Mas, existem outras causas, como traumas na região, que podem ser agudos ou crônicos. De fato, o trauma constante, de baixo impacto, durante longo tempo, devido à má postura ou trabalhos com pouca ergonomia, podem levar a esse quadro. 

Além disso, doenças ósseas ou tumores também podem levar ao aparecimento da retrolistese. 

Graus de retrolistese 

Os graus da doença dependem do quanto a vértebra deslocou. Eles podem variar de grau I, quando há 25% de deslocamento mínimo, grau II, com 50% de deslocamento, grau III, com 75% de deslocamento ou grau IV, quando há deslocamento total da vértebra. 

A mensuração do deslocamento deve ser feita por exames de imagem, nos quais é possível estabelecer o quanto a vértebra já deslizou. 

Sintomas

pessoa de costas mostrando desenho da coluna com retrolistese

O principal sintoma da retrolistese é a dor.

 

O sintoma mais comum da retrolistese é a dor na região. Por isso, o diagnóstico preciso é importante, visto que há várias situações em que a coluna pode se apresentar dolorida. 

Nos casos em que o deslizamento é pequeno, os sintomas podem estar ausentes. Mas, nos casos de graus com maior deslizamento, a dor se intensifica após o paciente ficar longos períodos em pé. 

Além disso, a dor pode irradiar para os membros inferiores, quando a retrolistese afeta raízes nervosas da região lombar. Isso ocorre devido à compressão desses nervos. Dentre os nervos que podem sofrer compressão, está o nervo ciático, o maior nervo do organismo. 

O nervo ciático, quando inflamado ou comprimido, trará dor na região posterior da perna, até a região dos glúteos. 

Dependendo da intensidade da dor, o paciente pode começar a mancar. 

Diagnóstico

especialista com chapa de raiox nas mãos mostranco esqueleto com retrolistese

Um fisioterapeuta especializado pode fazer o diagnóstico de retrolistese.

Ao sentir dores na coluna, com associação ou não de irradiação nas pernas,o paciente deve procurar um fisioterapeuta especializado.

No ITC Vertebral, junto a expertise do profissional, temos o auxílio de inteligência artificial para detectar sinais e sintomas, realizar testes e traçar um tratamento fisioterapêutico adequado.

Nos casos em que houver suspeita de retrolistese, o fisioterapeuta solicitará exames de imagem e encaminhará para médicos especialistas para determinar o diagnóstico.

Os exames de imagens mais pedidos são radiografia e/ou ressonância magnética, as quais poderão estabelecer os graus de deslizamento da vértebra. 

Tratamento da retrolistese

senhor de idade em consultório médico para ver se retrolistese aposenta por invalidez

Retrolistese aposenta ou não, pois há vários tratamentos possíveis.

Há vários tipos de tratamentos para a retrolistese, veja abaixo:

Método RMA

Quando o paciente chega com diagnóstico de retrolistese ou mesmo quando ainda não o possui, através do nosso método de avaliação e tratamento exclusivo, conduzimos o paciente pelo que há de melhor em tratamento para coluna.

Após uma avaliação detalhada de características dos sintomas e fatores pessoais do paciente, selecionamos o conjunto de técnicas de ponta mais adequado para promover alívio da dor e melhorar o desempenho na execução de tarefas do dia a dia, o que pode ter sido prejudicado pela condição.

Técnicas fisioterapêuticas para retrolistese

Dentre as técnicas que o nosso método RMA disponibiliza para tratamento de problemas de coluna, grande parte pode ser utilizada no tratamento de retrolistese. A escolha das técnicas depende da avaliação, e portanto, é individualizada para cada paciente.

Como exemplos das técnicas, temos a terapia manual que utiliza liberações musculares e mobilizações para promover alívio dos sintomas locais e irradiados.

Temos ainda, a máquina de tração que realiza descompressão das vértebras e tecidos do corpo com carga ajustada de forma mecânica e personalizada.

Além disso, temos exercícios terapêuticos que devem fazer parte do dia a dia do paciente com retrolistese. Diferentes tipos de exercícios podem ser usados, como estabilização segmentar vertebral, que através da ativação de músculo profundos procura promover estabilidade para a coluna; exercícios de Mckenzie, que utilizam movimentos seguindo preferências direcionais da coluna avaliadas previamente e que aliviam sintomas;  e o Pilates, que oferece fortalecimento corporal, treino de equilíbrio e flexibilidade e pode ser realizado durante toda a vida.

Cirurgia para retrolistese 

A cirurgia pode ser indicada quando o paciente não responde ao tratamento convervador após meses de tratamento.

E principalmente, procedimentos cirúrgicos podem ser indicados para indivíduos que começam apresentar déficit neurológico, como perda da força nos membros inferiores, por exemplo. 

No entanto, é importante frisar haver necessidade de tratamento fisioterapêutico após a cirurgia, para que o paciente retorne às suas atividades diárias. 

Ou seja, as intervenções fisioterapêuticas fazem parte tanto do tratamento conservador, quando o paciente não será submetido a procedimento cirúrgico, e também faz parte depois da cirurgia. 

Afinal, retrolistese aposenta? 

Um problema na coluna vertebral pode levar à concessão ou ter o pedido de aposentadoria por invalidez do paciente negado. 

Isto é, depende muito do caso e dos sintomas que o paciente apresenta. Os tratamentos disponíveis para retrolistese buscam promover qualidade de vida e aumento da capacidade de desempenhar tarefas. Portanto, aposentadoria nunca deve ser a primeira escolha.

Em casos em que se busca a aposentadoria, é importante saber que qualquer pedido para concessão de aposentadoria por invalidez deve ser avaliado por um perito. 

Dessa forma, o perito do INSS avaliará os exames e diagnóstico, bem como o tratamento instituído. Um laudo será elaborado e dependendo do que for essa avaliação, o paciente poderá ou não terá seu pedido de aposentadoria concedido.

Assista o vídeo abaixo

Sobre o autor

Dr. Helder Montenegro

Crefito – 7277

Presidente da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna – ABRColuna, Presidente de honra por seis edições do Congresso Internacional de Fisioterapia Manual e autor do livro Hérnia de Disco e Dor Ciática.

Sobre o autor

Dr. Helder Montenegro

Crefito – 7277

Presidente da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna – ABRColuna, Presidente de honra por seis edições do Congresso Internacional de Fisioterapia Manual e autor do livro Hérnia de Disco e Dor Ciática.